domingo, 23 de outubro de 2016

Como enriquecer honestamente

Sempre acreditei que os verdadeiros professores de educação financeira são aqueles que conseguiram fazer na prática o que pregam na teoria, afinal, como alguém que não conseguiu ficar rico honestamente pode conseguir me ensinar a faze-lo?

como enriquecer honestamente

Aliás, não entendo como alguns profissionais querem ensinar aquilo que não conseguem fazer a si mesmos! Um belo exemplo é aquele rapaz fora de forma que pretende ser personal trainer ou aquela nutricionista gordinha. Será que passam credibilidade e que realmente serão capazes de ajudar você a conquistar o objetivo que deseja?

Mas vamos logo ao assunto que me propus escrever hoje: 

Quantas maneiras existem para enriquecer honestamente?

Talvez milhares, se considerarmos todas as nuances, mas prefiro me ater a apenas três. Uma tríade que vi funcionando sob o julgamento de meus próprios sentidos.

1 - Economizando cada centavo ao longo de uma vida;
2 - Rezando e torcendo pela sorte; e
3 - Ganhando o pão de cada dia e investindo uma parte desse pão.

Com qual delas você se identifica?

Vou ajudá-lo nesta análise.

1 – O Investidor Paciente (Inglês)

Em nome da frugalidade britânica, devemos reconhecer: parte dos milionários acaba chegando lá por meio de algum sacrifício potencializado pelo tempo.


Cada alegria abdicada vale pelo menos um bom centavo, mãos fechadas que o digam.

Obviamente, qualquer pessoa com um mínimo de condições pode ficar milionária assim.

Não precisa ter ascendência turca, não precisa ser PhD em Finanças. De verdade, qualquer indivíduo megadisciplinado pode ficar ricaço guardando cada moeda que encontrar pela frente.

É uma conclusão matemática, estatística, com quase 100 por cento de probabilidade.

Comece com um patrimônio “embaixo do colchão” de 10 mil reais e direcione aproximadamente 30% de sua renda mensal disponível para um investimento conservador.

Não é nenhuma mágica, certo?

Se você for jovem o bastante (com uns 20 anos), de certo reunirá pelo menos R$ 1 milhão na conta bancária quando chegar a hora de se aposentar.

Ficar rico assim não exige coragem de Chuck Norris nem QI de Albert Einstein. Basta estar comprometido com o trabalho, ter um emprego estável, e – sobretudo – a disciplina de guardar uma grana todo mês, a despeito de todas as tentações que a vida consumista possa lhe oferecer.

Sem titubear, eu recomendo esse método simples e eficiente para qualquer leitor jovem o bastante para tomar proveito das décadas que se avizinham.

Se você acabou de entrar na faculdade, tem 10 mil reais na conta e consegue guardar uns 1 mil reais por mês, siga a receita do bolo.

Tempo é dinheiro para quem tem tempo.

Mas se você prefere tudo bem rápido e fácil, pode...

2 – Apelar para os Anjos & Demônios

Ficar rico do jeito descrito acima é garantia segura de construção de riqueza, não há muito o que se questionar quanto a isso.

O problema é que leva um baita tempo.

Ora, mesmo se todos dispuséssemos desse tempo necessário, a verdade é que a maioria simplesmente não tem paciência para percorrer o caminho inteiro.

Queremos tranquilidade e conforto servidos de bandeja no café da manhã deste sábado – e sem pagar a conta.

Que tal se tornar milionário de um dia para o outro, sem mover um músculo? É possível?


Sim, não faltam casos para provar isso. Bastar ser muito sortudo e ter nascido com o bolso virado para a lua.

Vez ou outra, ouvimos histórias de uma brasileira que casou com um milionário, de alguém que virou milionário ganhando na loteria, ou de um expert em corrida de cavalos.

Demais casos relativamente comuns derivam de heranças familiares ou mesmo de apostas “certeiras”.

Em nome do rigor, não devemos ignorar esses casos, mas sim tratá-los com a seriedade que merecem, uma seriedade remota.

A próxima Mega-Sena da Virada prevê um prêmio tentador na casa dos 250 milhões de reais. Mas você só tem uma única chance em 50 milhões de ganhar.

Não tenho nenhuma objeção moral contra jogos de apostas, reconheço inclusive que são muito divertidos, e alguns perigosamente divertidos.

Mas não conte com uma chance em 50 milhões para ficar rico.

Você terá mais sorte com...

 3 – O pão de cada dia

A terceira via para enriquecer funciona assim: você acorda cedo para trabalhar de segunda a sexta, recebe a remuneração proporcional ao trabalho empenhado e guarda uma parte dessa grana suada para investir.


Essa é a forma preferida dos grandes empresários.

Aos que apreciam o valor de uma boa tradição, é a forma tradicional de se fazer a coisa.

Acredito no método do Investidor Paciente para os mais jovens, e sou absolutamente contra perder tempo e dinheiro com caprichos do azar.

Minha fé está mesmo depositada aqui: ficar rico trabalhando e investindo corretamente uma parte dos frutos do trabalho.

Essa estratégia dá certo em múltiplos cenários possíveis, sobrevive a todas as crises e a qualquer governo que vier pela frente.

De forma honesta, não dá para ficar rico do dia para a noite, mas com toda certeza você não precisa de 40 ou 50 anos.

Quanto tempo é necessário para construir um patrimônio robusto? Posso garantir que com muito trabalho e uma renda mensal razoável, em apenas 7 anos já é possível entrar no primeiro milhão.

Sim, possuo diversas fontes de renda, como salário, aluguéis, participações societárias, dividendos de ações, etc.

Como eu, muitos não acreditam em dinheiro fácil – somente em trabalho e boas decisões financeiras.

Quer saber o que você realmente precisa fazer para ser rico? Leia muito, aumente sua inteligência financeira e aprenda a usar o dinheiro fazendo com que ele trabalhe para você e se multiplique.

Sou testemunha de que isso funciona, afinal, eu mesmo aplico o conhecimento adquirido em livros como "O homem mais rico da Babilônia - George S. Clason"  em minha vida profissional e já estou colhendo a um bom tempo os resultados.

Conclusão

Sim, talvez esta postagem seja um resumo do resumo do resumo para quem quer enriquecer honestamente e explique as coisas de forma bastante simplista, afinal, o que torna uma pessoa próspera financeiramente é um conjunto de ações e não apenas uma única ação isolada, mas espero que as dicas ilustradas no texto sirvam de ponto inicial para aqueles que realmente queiram alcançar este objetivo.


sábado, 15 de outubro de 2016

Como amenizar os problemas causados pela crise?

Hoje, 15 de outubro de 2016, eu, Rafael Rueda Muhlmann, escrevendo neste blog, aos 40 anos de idade, sinto-me a vontade para refletir sobre os efeitos econômicos que vivenciei nos últimos 20 anos, desde a semente do Plano Real, plantada em 1994 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso e regada pelo seu sucessor Luiz Inácio Lula da Silva (ainda que abandonada pela desconstrutiva Dilma Rousseff); período em que pude observar um fenômeno de migração nas classes A, B, C e D no Brasil.

Lamentavelmente, as atitudes do governo Dilma Roussef levaram o país a um colapso. Nesse momento, a crise no Brasil é assunto o dia todo, todos os dias. O governo põe a culpa na crise internacional. A oposição põe a culpa no governo. A mídia culpa qualquer um, desde que dê Ibope e assim vai.

Crise causada por governo Dilma Roussef

Apesar de sabermos que os erros e a culpa real provêm do governo, dos três atores envolvidos, o mais inconstante parece a mídia, que navega conforme o vento: apoia medidas faraônicas do governo, quando lhe interessam (como a Copa do Mundo de 2014) e depois, se a situação muda, simplesmente desconversa.

Enfim, melhor analisarmos somente os argumentos do governo e certamente chegaremos a conclusão de que a maior parcela de culpa do caos econômico que o país está mergulhado hoje se refere à má gestão pública.

Um dos maiores erros do governo Dilma Roussef foi tentar colocar o país em um modo “turbo”, gastando tudo o que podia e não podia na época de fartura. Agora a recessão veio e não há dinheiro, justo quando ele é mais necessário.

O paralelo nas finanças pessoais é aquele que recebe um aumento salarial e compra um carro novo, faz viagens exuberantes, etc. Depois é mandado embora e aquele dinheiro faz uma enorme falta.

O governo estava no grupo daqueles que fizeram projeções de crescimento chinês infinito e, com base nessa loucura, simplesmente convocou a festa:

- Gastança no serviço público;
- Na previdência com o aumento do mínimo;
- No Bolsa isso/Bolsa aquilo;
- Nas desonerações além do que poderia conceder sem colocar as finanças em risco;
- Nas obras que nada contribuem para a população, como estádios para Copa do Mundo, Olimpíadas, a Transposição do São Francisco e por aí vai.

O Governo não apenas se acomodou e liberou a gastança, como deixou o real ficar sobrevalorizado (poderia ter comprado dólares com o dinheiro que poupasse) e deixou setores nacionais como a indústria sofrerem e até fecharem.

Tudo bem que os países europeus estão enviando suas fábricas para a China, tirando a poluição da própria terra e produzindo mais barato. Mas raras são as empresas brasileiras que mandaram parte de suas fábricas para fora (Marcopolo, Arezzo, etc.), a maioria não fecha aqui para abrir lá, a maioria simplesmente fecha.

Como resultado, o governo incentivou a produção justamente daquilo que era mais dependente: das commodities agrícolas e do minério! Se incentivasse a exportação da indústria leve e de ponta ou o setor de serviços, não teríamos o atual problema (a Embraer continua sendo a exceção das exceções).

Isso tudo só amplificou o tombo, que viria quando o preço das commodities se retraísse, como o que estamos assistindo hoje.

E como se já não bastasse isso tudo, o governo Dilma Roussef ainda segurou artificialmente a inflação. O controle dos preços administrados para segurar a inflação, por si só, foi uma bomba. Por que? Porque passada a eleição, o governo percebeu que a situação estava ficando insustentável (principalmente do setor elétrico) e foi obrigado a liberar a inflação represada.

Enfim, justo quando a atividade econômica estava se retraindo e seria necessário reduzir juros para incentivar a economia, o governo teve que fazer o contrário, aumentou os juros para conter a inflação! Isso levou o país a mais recessão e desemprego.

Mas e agora, o que você pode fazer para amenizar os problemas causados pela crise?

Como amenizar os problemas causados pela crise?

Dizem que o ideograma japonês para crise é o mesmo de oportunidade. Mesmo que não seja verdade, é um dito que já se consolidou. Vamos a rápidas dicas:

Pequeno empresário

Talvez você tenha feito como o governo e deixado seus gastos expandirem além do necessário durante a época de fartura. Hora de deixar a comodidade de lado e passar em vista todos os gastos de sua empresa para cortar aqueles supérfluos com os quais você foi conivente nos últimos tempos. Talvez seja hora de pensar em novos nichos.

Empregado

Acomodou-se também e agora está com o risco de demissão? Volte a investir no seu network, que andava meio esquecido. Atualize seu currículo ou seu portfólio, coloque a pasta debaixo do braço e bata em algumas portas. Faça um bom perfil no Linkedin, e não deixe esses contatos esfriarem. Mesmo que não apareça nada por agora, faça com que se lembrem de você no futuro.

Desempregado

A situação é mais complicada se você tiver dívidas. Se não tiver, talvez seja a hora de investir o acerto que você receber em um novo negócio. Mas cada caso é um caso.

Quem não tem problemas?

Engraçado como a crise é capaz de, inclusive, alavancar os lucros de alguns setores. Quer exemplos? Os escritórios de advocacia trabalhista (afinal, há muitos acertos de contas), as lojas de consertos de roupas e celulares e algumas que vendem produtos usados, já que, na crise muita gente substitui o novo por uma “guaribada” no usado.


O importante mesmo é ter uma mentalidade voltada para o sucesso. Assim você simplesmente sai de qualquer crise em uma situação melhor do que antes. Se o seu interior for inabalável, não será uma marolinha que o derrubará!

Rafael Rueda Muhlmann